Histórico...
HISTÓRICO DA ESCOLA
DE SAMBA APITO DE OURO
Fundada em 13 de maio de 1969, na cidade de Tapes uma entidade originalmente para promover ações esportivas e de recreação, e também com forte presença no carnaval de rua e de salão. Uma das suas características: os fundadores eram todos negros que adoravam os esportes, o divertimento em família e o carnaval, mas não dispunham de acesso a estas modalidades recreativas.
[...]...o Apito de Ouro foi fundado em 13 de maio de 1969, na rua 13 de Maio. A fundação se deu por engraxates, negros e pessoas de poucas possibilidades em se tratando de nível social e econômico [...][1]
O nome original do Apito de Ouro era Sociedade Treze de Maio. Porém, ainda no ano de 1969 em razão da conotação em que esse nome causava, onde na época existia a zona do meretrício da cidade, os integrantes modificaram o nome para Apito De Ouro.
Os fundadores foram Beleco, Buti, Neco, Chocolate, Paulo Sérgio e Maria Irmã, passando de Sociedade Treze de Maio, passou a se chamar Sociedade Esportiva e Recreativa Apito de Ouro e hoje é a SOCIEDADE RECREATIVA BENEFICENTE E CULTURAL APITO DE OURO.
A história do Apito de Ouro deve muito a um advogado de Tapes, que, por volta de 1968, José Corrêa Brito, figura de preocupação com a ordem social, organizou um grupo de engraxates, comprou uniforme e as “caixas de trabalho”. Sem saber, dava inicio o que mais tarde seria uma agremiação de amigos. Para estas pessoas não ficarem ociosas, fora do horário de trabalho, este foi à Porto Alegre e comprou diversos instrumentos musicais criando assim e também dando origem à Sociedade Esportiva e Recreativa Apito de Ouro.
As cores originais da escola eram o azul e o dourado, e o símbolo era um apito, artefato semelhante ao do árbitro de futebol, a explicação dada ao símbolo é que este trazia a forma e a tradição de ser utilizado para marcar o compasso e da cadência do samba.
Após um período de reestruturação, a escola adotou a Fênix como símbolo, mantendo o saudoso apito na conjunção de símbolos. O presidente Marcão explica que: “A Fênix simboliza as enúmeras vezes que o Apito de Ouro teve que ser refazer dos constantes despejos que sofria, das muitas dificuldades que teve que superar para fazer os seus desfiles de carnaval... [...] Em 2007 isto foi resolvido a agora o Apito tem sede!”.
[1] Relato de Marco Antônio Pilger. Julho de 2010.
“Uma história de luta marcou a conquista de uma sede própria. Foram muitas as noites em claro, os ensaios na rua, as negociações, perseguições, obstáculos e o resultado foram dois anos que deixamos de desfilar devido às crises financeiras, não que hoje, estejamos melhores, mais o espírito do Apito de Ouro, sempre permaneceu de pé...[...][1]
Com as cores da escola, somaram-se o vermelho e o branco, culminando nas 4 cores elementais de seus pavilhões: o branco, o azul, o amarelo e o vermelho. Qualquer semelhança com o pendão de Tapes, não é coincidência, pois a bandeira do Apito de Ouro traz as cores da bandeira da cidade.
Na atualidade o Apito de Ouro possui uma interatividade crescente com os demais municípios da região da Costa Doce, e, desenvolve parcerias com as escolas e blocos locais, fazendo muitos desfiles e muitas viagens, festejando e levando alegria aos municípios vizinhos.
De Sociedade Recreativa, a entidade Apito de Ouro escreveu sua história e hoje é Escola de Samba “multicampeã” na cidade de Tapes. Sua organização dos últimos carnavais lhe rendeu a possibilidade de participar do Grupo de Acesso do Carnaval de Porto Alegre, o que muito emociona e motiva a sua comunidade a manter uma crescente evolução e melhorias na estrutura e nos departamentos sociais e de carnaval da entidade.
Presidentes do Apito de Ouro:
1969 a 1979 – Paulo Sérgio de Oliveira
1979 a 1982 – Nelcio Alves Terra
1982 a 1984 – Inácio Ramires de Azevedo
1985 a 1989 – Nelcio Alves Terra
1990 até 2007 – Maria Irma Ferreira de Oliveira
2007 – Paulo Alves Terra
2007 ao presente Dr. Marco Antônio Pilger
Texto compilado por Ramão E. D. de Carvalho.
Primavera de 2011.
Colaboração nos textos:
Márcio Lima Santos e Marco Antônio Pilger.